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Projeto social do Sesc-DF substituiu reuniões presenciais por encontros virtuais com idosos

' Há vários anos o Grupo dos Mais Vividos (GMV) do Sesc-DF reúne idosos durante a semana para dançar, bater papo, dividir alegrias e angústias. No entanto, diante do cenário de isolamento social causado...'

Publicado em 28/04/2020 00h00 Atualizado em 28/04/2020 00h00

Há vários anos o Grupo dos Mais Vividos (GMV) do Sesc-DF reúne idosos durante a semana para dançar, bater papo, dividir alegrias e angústias. No entanto, diante do cenário de isolamento social causado pela pandemia do covid-19, o grupo passou a se encontrar de outra forma. Na tarde desta quarta-feira (22), a equipe de assistentes sociais do Sesc promoveu o chá virtual com a participação média de 150 integrantes do GMV. Mesas repletas de frutas, sucos e bolos quentinhos integraram o momento de descontração. 


Não são apenas os jovens que estão usando a tecnologia para colocar o papo em dia com os amigos durante a quarentena. Os idosos também. E se os encontros não podem acontecer pessoalmente, que sejam pela tela do computador ou do celular. De acordo com a assistente social do Sesc-DF, Weila Almeida, o chá virtual tem o objetivo de manter o grupo reunido e conectado. “É uma atividade para fortalecer os  vínculos sociais, promover um momento especial para confraternização, rever os amigos, além de propiciar um momento de distração entre os idosos”, explicou Weila. Segundo ela, a equipe de assistentes sociais do Sesc-DF segue desenvolvendo sugestões de diversas atividades paras os idosos. “A gente desenvolve varias atividades com eles como o Karaokê virtual, por exemplo. Toda semana temos uma programação especial e nesta em especial optamos por realizar o chá virtual”, explicou Weila. 


A dona de casa Maria José Soares, faz parte do GMV há alguns meses e contou que o chá virtual é a melhor parte do dia. Entre um bolinho e um chá, ela conversou com amigos do grupo e contou o que tem feito durante a quarentena. “Eu fico muito ansiosa porque nesses tempos de isolamento social a gente percebe o quanto a convivência faz falta. O quanto ela nos faz ser uma pessoa melhor. Esses encontros ocupam minha cabeça. As atividades que os assistentes propõem nos ajudam no dia a dia mesmo”, disse. Segundo Maria José, quando tudo isso passar a vontade de dar um abraço será ainda maior. “Quero ver todo mundo, abraçar, conversar e dar risada. Precisamos dar valor nesses momentos”, disse a idosa.


Com o coronavírus, vieram as regras de isolamento social e os encontros tiveram que ser adaptados: agora, o chá da tarde é high tech, diante da câmera do computador ou do celular. Maria José, no entanto, garante que a família tem ajudado bastante no uso da tecnologia. “Eu não sabia mexer e hoje eu atendo as ligações do chá virtual, sei conversar e ver as outras pessoas. Todo mundo tem que se ajudar”, concluiu.
Todos os dias são enviadas propostas de dança, música, desafios, dicas e deabtes no grupo do aplicativo Whatsapp que possui cerca de 1,2 mil pessoas adicionadas. Para participar basta enviar uma mensagem para o número (61) 9 99943652.​