Conheça a programação do Festival Cena Contemporânea nos espaços do Sesc
Conheça a programação do Festival Cena Contemporânea nos espaços do Sesc
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A 20ª edição do Cena Contemporânea, um dos maiores festivais internacionais de artes cênicas do Brasil e um dos mais importantes da região central do país, movimentará a programação cultural nas unidades do Sesc-DF. Releituras de mitos gregos se juntam a criações coletivas e narrativas contemporâneas, além de encenações que propõem reflexões sobre amor, morte, identidade e raízes. Na grade de programação estão espetáculos como “Os Saltimbancos”, remontagem do clássico musicado por Chico Buarque, com direção de Hugo Rodas. As entradas serão cobradas a R$ 20 (inteira) e R$ 10 (meia), para os espetáculos no Sesc da 913 Sul. As entradas serão gratuitas para as apresentações nas unidades do Sesc no Gama e na Ceilândia.
No dia 23 de agosto, no Teatro Sesc Newton Rossi (Unidade de Ceilândia), haverá um bate-papo de 30 minutos, após o espetáculo “Furacão Carmen”, com os atores António Revez e Murilo Grossi e o autor Santiago Serrano, com a participação do jornalista e editor espanhol Carlos Gil Zamora. Já no dia dia 31 de agosto, no Teatro Sesc Paulo Gracindo Unidade do Gama), o bate-papo após o espetáculo “Mosh”, terá a participação do jornalista, autor e diretor Sérgio Maggio.
Mais sobre o festival: em 2019, o diretor brasileiro-uruguaio, Hugo Rodas, volta à história inspirada em conto dos Irmãos Grimm, dirigindo o ATA – Agrupação Teatral Amacaca. E ainda “Mosh”, espetáculo que alia dança, teatro, poesia e música para tratar temas como a violência urbana, sob a direção do coreógrafo, bailarino, professor praticante de parkour e acrobata paulistano Diogo Granato.
Confira a programação:
Espetáculo: Prometea – Abutres, Carcaças e Carniças Data/Horário/Local: 22 e 23/08, às 20h (Sesc 913 Sul) Classificação: 16 anos Release: Eram os abutres astronautas? Dois abutres amorais se alimentam da noite dos outros. Antes mesmo da aurora da humanidade, eles sobrevoavam este mundo. Eles aguardam o fim do mundo enquanto atos políticos e jogos de poder se repetem indefinidamente na história da humanidade. Uma incendiária procura pessoas para atiçar seus espíritos e instigar uma revolução que está em curso. Um ditador é queimado numa festa antropofágica. O eterno retorno de uma quarta feira de cinzas fatídica se repete no tempo. Deus foi queimado e suas cinzas foram salpicadas sobre os homens. Uma delicada e amorosa garoa adocicou a poeira deixada pelas chamas. O barro da criação. O barro da imaginação. Dessa lama primordial, nasceu Prometea, abutres, carcaças e carniças. A peça se apropria da mitologia em torno do titã Prometeu para investigar o incrível ato de imaginar e sua necessidade para os processos político-sociais do mundo de hoje.Hugo Rodas é um dos mais talentosos e importantes artistas de sua geração. Sua trajetória esteve ligada aos coletivos com os quais trabalha, desde o Grupo Pitú, nas décadas de 70 até a Agrupação Teatral Amacaca (ATA) na atualidade. É responsável por alguns dos maiores sucessos do teatro e dança de Brasília e recebeu diversos prêmios ao longo da carreira.O Grupo Desvio foi criado em 2001, pelo diretor Rodrigo Fischer. O grupo produziu nove projetos: Pequena Existência, uma disputa de merda (2002), Beckett às Avessas (2004), Eutro – Tequila à Luz de Velas (2007), EUTRO (2008), Freak Rehearsal (2013), Misanthrofreak (2014); Os Fracassados (2015); Carnavalização de um homem só (2017) e A sombra dos outros (2018). |
Espetáculo: MOSH Data/Horário/Local: 24 e 25/08, às 20h (Sesc 913 Sul), 28 e 29/08, às 20h (Sesc Ceilândia), 31/08 e 01/09, às 20h (Sesc Gama) Classificação: 16 anos Release: Mosh ou Mosh Pit é como se chama, em português, a roda punk ou bate-cabeça que se vê em alguns shows de rock. A ação serve de mote para a abordagem das diversas formas em que se manifesta a violência masculina. A obra incorpora dança, teatro, poesia e música, numa ficção que ganha contornos pessoais a partir da personalidade dos três interpretes: Carolina Höfs, Juliano Coacci e Renato Alvarenga.O espetáculo tem direção do coreógrafo, bailarino contemporâneo, professor praticante de parkour e acrobata paulistano Diogo Granato, premiado, em 2006, como melhor intérprete pela APCA – Associação Paulista de Críticos de Arte, com atuação como intérprete criador em grupos como a Cia Nova Dança.No dia 31 de agosto, no Teatro Sesc Paulo Gracindo, haverá um bate-papo de 30 minutos, após o espetáculo, com o elenco do espetáculo e participação do jornalista, autor e diretor Sérgio Maggio. |
Espetáculo: Coletivo CoisAzul (DF) – Performance/Instalação Data/Horário: 26 e 27/08, às 20h (913 Sul) 30/08, às 20h (Ceilândia) Local: Sesc 913 Sul e Sesc Ceilândia Classificação: Livre Release: Será que somos nós que agimos sobre os objetos ou são os objetos que agem sobre nós? De que modo a dança vem interagindo com as coisas e estabelecendo poéticas do e no movimento? O CoisAzul é um exercício de vivências dessas indagações, explorando as relações entre os humanos, não-humanos (natureza) e outros organismos (objetos). O trabalho tem a preocupação com o equilíbrio das relações estabelecidas entre as coisas e o mundo, entre as pessoas e os objetos, entre os seres e os espaços, pretendendo alcançar e dançar os conceitos de ecologia e sustentabilidade. Um trabalho para pensar as relações de desperdício, de uso, de consumo, sobre os recursos naturais, os seres vivos e as coisas. Fabiana Marroni é dançarina e arte-educadora e professora do Departamento de Artes Cênicas da UnB. Como interprete atuou em diversas companhias de dança de Brasília, como baSiraH, Cia Márcia Duarte, Alaya Dança e ASQ. Como intérprete-criadora desenvolveu os espetáculos Psiu! Jura!, Fala Comigo Doce como a Chuva e Além dos Muros. |
Espetáculo: Furacão Carmen Data/Horário/Local: 22 a 25/08, às 20h(Ceilândia), 29/08, às 20h (Sesc 913 Sul), 30e 31/08 e 01/09, às 17h e 20h (913 Sul) Classificação: 14 anos Release: Malecón da cidade de Havana. Um furacão avança pelo horizonte. O céu e os ventos são ameaçadores. Dois homens, desconhecidos entre si, esperam uma mulher. Eles não têm noção do perigo que se avizinha do mar. Têm apenas a certeza de terem conhecido a mulher de suas vidas e estão dispostos a tudo para conquistar para sempre esse amor. Eles brincam, brigam, descobrem origens comuns e não se assustam com os avisos do furacão Carmen que se aproxima pouco a pouco.FURACÃO CARMEN foi especialmente concebida para os atores Murilo Grossi e António Revez. O texto tem a marca da escrita do argentino Santiago Serrano, um autor que tem sido cada vez mais encenado no Brasil. A obra do dramaturgo foi inicialmente conhecida no País através da encenação de “Dinossauros”, espetáculo que inaugurou o Espaço Cena em Brasília em 2005, deu origem ao Grupo Cena e transitou pelo Brasil e pelo exterior durante dez anos. A partir de então, o talento de Santiago Serrano reproduziu-se em textos como “Fronteiras”, “Eldorado”, “Noctiluzes”, “Autópsia de um Beija-Flor”, em encenações assinadas por coletivos de Brasília, São Paulo, Bahia e outros estados brasileiros. Murilo Grossi, nascido em 1964, é ator e diretor brasileiro, radicado em Brasília e com ampla atuação no cinema e na televisão. Graduado em ciências sociais e bacharel em artes cênicas pela Universidade de Brasília, atuou sob a direção de alguns dos mais importantes encenadores do DF e dirigiu espetáculos como ‘Cabaré das Donzelas Inocentes’.António Revez nasceu em Lisboa em 1972. Iniciou a sua atividade como ator em 1992. Em 1997, funda a Lendias d’ Encantar onde acumula as funções de diretor artístico, ator e encenador. É diretor do FITA – Festival Internacional de Teatro do Alentejo.No dia 23 de agosto, no Teatro SESC Newton Rossi , haverá um bate-papo de 30 minutos, após o espetáculo, com os atores António Revez e Murilo Grossi e o autor Santiago Serrano, com a participação do jornalista e editor espanhol Carlos Gil Zamora. |
Espetáculo: Os Saltimbancos Data/Horário/Local: 24 e 25/08, às 20h e 26/08, às 16h (Gama), 01/09, às 16h (Sesc Ceilândia) Classificação: Livre Release: ATA – Agrupação Teatral Amacaca (DF) A história é célebre: quatro animais, cansados de serem explorados no campo, decidem partir para a cidade e tentar a vida como músicos. Esta é a base do conto “Os Músicos de Bremen”, dos Irmãos Grimm, transformada em peça teatral pelos italianos Sérgio Bardotti e Luiz Enriquez Bakalov. Em 1976, Chico Buarque adaptou a peça para o português e surgiram Os Saltimbancos, sucesso como peça, disco, filme. Em 1977, o diretor Hugo Rodas, à frente do Grupo Pitu, criou o que viria a ser um dos maiores sucessos da história do teatro em Brasília. Agora, mais de 40 anos depois dessa antológica montagem, o encenador volta ao texto com as mesmas propostas da encenação original, baseando a história no vigor do elenco, na cenografia despojada e numa abordagem inteligente. O espetáculo celebra os 80 anos de Hugo Rodas. Nascido no Uruguai e radicado há mais de 40 anos no Brasil, Hugo Rodas firmou-se como um dos mais talentosos e importantes artistas de sua geração, como ator, diretor, bailarino, coreógrafo, cenógrafo, figurinista e professor de teatro. Sua trajetória sempre esteve ligada aos coletivos com os quais trabalha, desde o Grupo Pitú, nas décadas de 70, e de 80 – quando também ocorrem as primeiras experiências com Antônio Abujamra, no Teatro Brasileiro de Comédia (TBC), e com José Celso Martinez Corrêa, no Teatro Oficina – passando pelo Teatro Universitário Candango (TUCAN), assim como pela Companhia dos Sonhos e, atualmente, na Agrupação Teatral Amacaca (ATA). É responsável por alguns dos maiores sucessos do teatro e dança de Brasília e recebeu diversos prêmios ao longo da carreira. |
(Texto com colaboração Luciane Zorzin)